No terceiro dia do SpaceBR Show, houve uma competição entre oito startups do setor espacial, que foram selecionadas entre 21 inscritas, por profissionais da Agência Espacial Brasileira (AEB), com base no grau de aderência com o tema espacial, para participarem de pitches com jurados da Agência e da AWS. O evento foi resultado de Termo de Intenção Estratégica e Cooperação assinado entre a AEB e a Amazon Web Services (AWS), que tinha como um dos objetivos fomentar o empreendedorismo e a disrupção entre empresas do setor espacial.
“Temos sido enfáticos em dizer que o Brasil é um dos poucos países capazes de atuar em todos os segmentos do setor espacial. Temos infraestrutura, temos mercado consumidor, temos um povo criativo. Para que tudo isso se transforme em uma pujante economia espacial, temos de nos engajar nas cadeias de valor globais. A parceria com a AWS e o incentivo às startups fazem parte desse esforço conjunto do setor espacial brasileiro”, disse o presidente da AEB, Carlos Moura.
O tempo de apresentação de cada startup selecionada foi de três minutos.
“O pitch das startups foi muito bom. Um ótimo fechamento para o evento, com iniciativas de algumas empresas brasileiras e outras internacionais mostrando seus projetos. A área espacial é fascinante e o evento mostrou isso”, disse Emerson Granemann, CEO da MundoGEO, empresa responsável pelo evento SpaceBR Show.
A CRIAR SPACE SYSTEMS ficou em terceiro lugar. Trata-se de uma empresa que atua no desenvolvimento de produtos e sistemas para a área aeroespacial, tais como: Antenas Direcionais Automáticas (ADAs), CubeSats e aplicações que possibilitam o monitoramento por meio dos dados fornecidos por esses produtos.
Seu diretor, Sergio Soares, demostrou o projeto: um conjunto de 50 antenas direcionais automáticas espalhadas pelo mundo, que serão usadas por entidades relacionadas ao ensino. “O evento foi superdivertido com uma grande diversidade. A gente conseguiu o terceiro lugar e o pitch de 3 minutos foi um desafio. Todas as outras empresas tiveram bastante sucesso em suas explicações”, disse Soares.
A Pion Labs, que ficou famosa por lançar o primeiro satélite feito por uma startup brasileira apenas com investimento privado — o PION-BR1 — um picosatélite também conhecido como PocketCube, um satélite com apenas 125 cm cúbicos e menos de 1kg de massa, também participou das atividades. Um dos seus fundadores, Calvin Trubiene, estava bastante animado com o sucesso do evento.
“É um momento único na história do setor espacial. A Pion vem com uma pegada jovem, em que a gente tenta conversar com o público de uma maneira muito simples para que, dentro do nosso propósito, a gente consiga atingir não só o setor espacial, mas a sociedade como um todo. O fato é que, no Brasil, a gente precisa agora atingir os investidores também”, disse.
Daniel Mccammon, VP Engineering da C6 Launch Systems Inc., estava contente de sua empresa ter tirado o primeiro lugar no evento e acredita que o setor de startups tende a crescer cada vez mais no Brasil. “Startups estão crescendo no mundo todo. O Brasil está se tornando importante no cenário internacional. Sua indústria está crescendo nos moldes do New Space. Sua localização é muito boa. É excitante fazer parte disso”, disse Daniel.
As três startups premiadas receberam da AWS: